terça-feira, 9 de novembro de 2010

SIMONE DE BEAUVOIR E O CINEMA DE ANIMAÇÃO

Em um dos meus blogs, postei um artigo que faz uma relação entre a frase de Simone de Beauvoir ("não se nasce mulher, torna-se mulher")a um enunciado da personagem Jessica, do filme Uma Cilada para Roger Rabbit, de 1988, um filme que mistura personagens humanos aos personagens  desenhados. 
Quer saber mais? É só clicar no link abaixo.

http://mulherecinema.blogspot.com/2010/11/somone-de-beauvoir-no-cinema-de.html


3 comentários:

  1. Muito bom professora. Concordo com a Simone de Beauvoir quando diz que não nascemos mulher, nos tornamos mulher, e penso que isso vale para os homens também. Os papéis sociais estão muito bem definidos, que já ao nascermos somos direcionados/enquadrados para eles, de tal forma, que nossos comportamentos, pensamentos e escolhas inevitavelmente seguem essas determinações socioculturais.É importante lembrar que homens e mulheres comungam das mesmas sensações, sentimentos, anseios, dívidas,o que nos diferencia é como somos ensinados a lidar com estes fatores.

    Nayane - 2ª Sem/Noturno

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  2. Concordo com Nay. A identidade feminina é construída e desconstruída numa teia de discursos carregada de preconceitos e estereótipos, seja na posição de opostos, instigando a crítica e o questionamento, ou permanências que podem ser mais ou menos explícitas, compondo um imaginário resistente a novas perspectivas. Nesse contexto, o cinema, através de suas construções simbólicas contribui para a produção e reprodução de identidades de gênero tanto para mulheres quanto para homens.

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  3. A frase de Simone de Beauvoir mostra que a cultura "desenha" os gêneros, isto é, os papéis sociais. Portanto, os papéis podem variar de cultura para cultura. Já a frase do desenho dá um "tom" determinista para a personagem que, de uma forma estratégica, do ponto de vista dela, justifica o seu comportamento. Por outro lado, fica também a ideia de que ela poderia ter sido desenhada de outra forma, caso o desenhista assim quisesse. Isto mostra que o personagem é uma representação criada pelo desenhista com base em valores de sua cultura que ele traduz, transfere para o filme. Ele tem o poder de reproduzir esses estereótipo de gênero ou subverter. Por outro lado, ao proferir as palavras, Jessica, a personagem, tem consicência de que não existe uma essência, mas uma representação, uma performance. Assim, de por um lado o seu tom parece sugerir um determinismo, ao justificar o seu comportamento, por outro soa estratégico ao responsabilizar o seu "criador". No entanto, para nós leitores (e, também, criadores) podemos entender o enunciado de diferentes formas.

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