domingo, 20 de fevereiro de 2011

ARTIGOS

Os artigos finais, recebidos até agora, estão bons, considerando que se trata de uma produção de alunos do segundo semestre, elaborada em circunstâncias muitas vezes adversas. Se continuarem neste ritmo, não terão dificuldades em seguir a carreira acadêmica.

Vocês fizeram um bom trabalho. Parabéns! Espero que os outros estejam assim também.

PENDÊNCIAS

Nos meus arquivos,  não consta o artigo produzido pela equipe composta por:
Patrícia Christianne, Cristiane Vilarino, Vera Sena, Juliana Arouca e Elise Barbosa., do noturno.

Peço, gentilmente, que me enviem o mais breve possível para o endereço  ltleiro@gmail.com .

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ELEIÇÃO DA COORDENAÇÃO DO NUPE E DA REVISTA DO NUPE

A Revista do NUPE e o NUPE terão, a partir do dia 22 de fevereiro de 2011, a sua coordenação e vice-coordenação. Podem votar todos os docentes do Departamento.

Assim que os professores assumirem as suas funções, as atividades serão retomadas.

Os autores que enviaram os seus artigos, devem deixá-los prontos, revisados, para encaminharem logo à Revista que, oportunamente, dará novas orientações.


A Chapa inscrita:

Coordenadora do NUPE: Profa. Ms. Ieda R. da Silva Balogh.
Editor Geral da Revista do NUPE: Prof Dr. Luciano S. V. Bomfim.
Vice-Editor Geral: Prof.a Dra. Cecília Conceição M. Soares.
Editora Executiva da Revista do NUPE: Profa. Dra. Lúcia Tavares Leiro.

I Mostra CINE FEMINISTA!

Convidamos a todas para a I Mostra CINE FEMINISTA!


A Mostra “Cine Feminista” acontecerá em Salvador de 10 a 17 de março, em sessões diárias às 17h e 19h, na Sala Alexandre Robatto  (Biblioteca dos Barris). A mostra tem por objetivo trazer, através do cinema, o feminismo de volta à cena durante o mês de março, período  no qual estamos  acostumadas a receber flores e  celebrar  nossas “conquistas”, como se  as lutas feministas já tivessem atingido todos os seus  objetivos.
A entrada é gratuita.

PARA MAIS INFORMAÇÕES: http://cinefeminista.wordpress.com/

PROGRAMAÇÃO:
Dia 10 (quinta-feira):

Libertárias (Libertarias)

Em 18 de julho de 1936 o exército espanhol se rebela contra o Governo da República. Seis mulheres de origens e classes sociais diferentes se organizam em um grupo de anarquistas para lutar, de igual para igual com os homens, contra as tropas nacionais. Uma freira que descobre a solidariedade fora da fé, prostitutas, operárias, etc., unidas para defender seus ideais políticos e, ao mesmo tempo, fazer entender a seus companheiros as mudanças ideológicas e sociais pelas quais elas também almejam conquistar.
Diretor: Vicente Aranda / Duração: 121 minutos / Ano de Lançamento: 1996 / País de Origem: Espanha, Itália, Bélgica
Dia 11 (sexta-feira):

Resposta de Mulheres (Réponse de Femmes)

“A pergunta ‘O que é ser uma mulher?’ foi proposta pelo segundo canal de televisão francês a várias mulheres cineastas. Este cine-panfleto é uma das respostas possíveis, no que diz respeito ao corpo das mulheres – nosso corpo –, do qual se fala tão pouco quando se fala da condição feminina. Nosso corpo-objeto, nosso corpo-tabu, nosso corpo com ou sem seus filhos, nosso sexo, etc. Como viver nosso corpo? Nosso sexo, como vivê-lo?” (Agnès Varda).
Diretora: Agnés Varda / Duração: 8 minutos / Ano de Lançamento: 1975/ País de Origem: França

Cool Hands, Warm Heart

O filme começa com uma série de eventos numa rua lotada. Mulheres num palco atuam rituais “privados”: raspar as pernas e axilas, arrumar o cabelo etc.Uma mulher tenta atrapalhar o seu “trabalho”. Ela luta para se distanciar deles, resistir as forças do hábito, mas gradualmente torna mais envolvida que gostaria de admitir. Embora ela consiga iniciar uma reação em cadeia derebelião, ela não consegue manter o momentum. Ela para antes de chegar a conclusão óbvia, e acaba no palco ela mesma.
Gênero: Curta, Experimental / Diretora: Su Friedrich / Duração: 16 minutos / Ano: 1979 / País de Origem: EUA / Idioma do Áudio: Sem áudio

Dia 12 (sábado):

Moolaadé

Em um distante povoado africano, ligado apenas pelo rádio, o costume da mutilação genital feminina (a circuncisão) é temida por todas as garotas. Seis delas, segundo a tradição, devem passar pelo ritual num determinado dia. Este é um dos passos para que elas conquistem um ótimo pretendente e tenham um casamento bem sucedido. O pavor é tanto que duas afogam-se num poço. As outras quatro buscam a proteção de Collé, uma mulher que não permitiu que sua filha fosse mutilada, invocando o “moolaadé” (proteção sagrada). O fato gera comoção e ganha adesão de mulheres e simpatizantes contrários à mutilação. Mas vários homens e membros representativos da aldeia pressionam o marido de Collé para que ela retire a proteção, nem que para isso ele tenha de chicoteá-la em público.
Roteiro e Direção: Ousmane Sembene / Origem: Senegal, França, Burkina Faso, Camarões, Marrocos e Tunísia / Duração: 119 min / Idioma: Bambara/Francês / Ano: 2004
Dia 13 (domingo):

Que Bom Te Ver Viva

O filme mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima (Irene Ravache) alinhavado pelos depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, Lúcia Murat optou por gravar os depoimentos das ex-presas políticas em vídeo, com o enquadramento semelhante ao de retrato 3×4; filmar seu cotidiano à luz natural, representando assim a vida aparente; e usar a luz teatral, para enfocar o que está atrás do aparente: a personagem de Irene Ravache.
Gênero: Drama / Diretor: Kátia Cop e Maria Helena Nascimento / Origem: Brasil / Idioma: Português / Duração: 103 min.
Veja o trailer aqui.

Dia 14 (segunda-feira):

Um Tiro para Andy Warhol (I shot Andy Warhol)

Nos anos 60, a radical e intransigente Valerie Solanas, divulgou seu desprezo pelos homens através de seu manifesto “Associação de Destruição do Homem”. Autora de um roteiro cinematográfico, ela pediu ao genial artista pop Andy Warhol que o produzisse, mas sua negativa abalou os alicerces do seu movimento feminista de maneira inesperada.
Lançamento: 1996 (EUA) / Direção: Mary Harron / Atores: Lili Taylor, Jared Harris, Martha Plimpton, Lothaire Bluteau. / Duração: 103 min / Gênero: Drama
Dia 15 (terça-feira):

Senhoritas em Uniforme (Mädchen in Uniform)

Mädchen in Uniform conta a história de Manuela, uma jovem de 14 anos que é posta num internato feminino pela sua tia distante e fria. Tendo a sua mãe falecido, o seu pai é incapaz de cuidar dela ela é colocada naquele internato numa fase mais vulnerável da sua vida. As residentes em Podstam são tipicas adolescentes e sente um grande sentido de união entre todas e o regime que é empregue naquele internato é rigoroso, austero e sobretudo ausente de emoções. A contrabalançar este ambiente autoritarista, encontramos Fraulein von Bernbur, uma professora por quem todas as alunas nutrem uma admiração especial e que é a favor de uma relação mais maternal com as alunas. Manuela não é indiferente à sua professora e muito menos o contrário, porém ambas encontram-se num ambiente hostil, onde o formalismo e o dever moral deve falar mais alto e então os sentimentos são geridos com silêncios, olhares e pequenos gestos…
Diretor: Leontine Sagan / Elenco: Emilia Unda, Dorothea Wieck, Herta Thiele, Hedwig Schlichter / Duração: 90 min. / Ano: 1931 / País: Alemanha / Gênero: Romance / Cor: Preto e Branco

Dia 16 (Quarta-feira):

Itty Bitty Titty Committee (Turminha das Sapinhas de Tetinhas Pequeninas)

O segundo filme da diretora Jamie Babbit aborda um tema bastante raro nos filmes lésbicos, o ativismo político, mostrando o despertar da personagem Anna (Melonie Diaz) para a realidade a seu redor, a partir de sua experiência como integrante de uma grupo radical feminista, chamado C.(I).A. ou Clits In Action. Os conflitos de relacionamento e as ações políticas do grupo são mostrados com muito humor e música punk como pano de fundo.
Diretora: Jamie Babbit / Duração: 86 minutos / Ano: 2007 / Gênero: Comédia/Drama/Romance

Dia 17 (quinta-feira):

À Margem do Corpo

A história se passa no interior de Goiás, entre os anos de 1996 e 1998. Deuseli tinha 19 anos quando foi brutalmente estuprada. Impedida de realizar o aborto, encerra o primeiro ato da narrativa desaparecendo da cidade onde vivia. Meses depois, é protagonista de outro crime, só que agora como assassina da filha de 11 meses. Em um ritual, para alguns histérico, para outros satânico, Deuseli reproduz a cena do estupro e afoga a filha em uma banheira. Ela morre meses depois de causa desconhecida. Entre o estupro, o assassinato e a morte, a vida de Deuseli foi recontada por advogados, médicos e exorcistas.

Direção:  Debora Diniz / Etnografia:  Debora Diniz / Roteiro Etnográfico:  Debora Diniz e Ramon Navarro / Direção de Produção:  Fabiana Paranhos / Produção em Campo:  David Chalub

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VÍDEOS E RESULTADOS

Havia combinado de postar comentários no youtube sobre os vídeos, mas acredito que no blog seria mais rápido http://cinemaeeducacao-uneb.blogspot.com/, já que todo o material estaria reunido em um único lugar.Só não vou colocar as notas lá. Reservarei este momento para o último dia de aula. 

Matutino:02/03/2011
Vespertino:03/03/2011
Noturno:03/03/2011

Caso haja necessidade, estou à disposição para nos encontrarmos na semana seguinte.

Lembro-lhes que no dia 03/03 estarei divulgando as médias finais para a Secretaria Acadêmica. A prova final já está marcada para o dia 10/03, como já foi dito neste blog em postagem anterior.

ÚLTIMOS RETOQUES...

Estamos concluindo a nossa disciplina e vamos verificar as avaliações - vídeo e artigo.


Em relação ao vídeo, peço que revejam se os vídeos estão postados http://cinemaeeducacao-uneb.blogspot.com/. No blog, tem uma caixa para localizar qualquer material postado (dica de Milena Cerqueira, a quem agradeço). Caso não, como muitos refizeram, peço que me reenviem colocando em assunto - Vídeo Final.

Em relação aos artigos, vejam se já reenviei com as minhas orientações. Caso não, como foram muitos reenvios, peço que sinalizem, colocando no assunto artigo final.

Obs.: Para a segurança de vocês, sempre que enviarem um material, enviem com cópia para todos os componentes da equipe ou, pelo menos, mais um colega. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TABELA TURNO NOTURNO



A tabela acima mostra a relação dos nomes dos componentes de cada grupo da turma do noturno, seguindo dos títulos dos vídeos e artigos. Confiram e caso haja qualquer nova informação, envie comentário para esta postagem.

TABELA TURNO VESPERTINO


A tabela acima mostra a relação dos nomes dos componentes de cada grupo da turma do vespertino, seguindo dos títulos dos vídeos e artigos. Confiram e caso haja qualquer nova informação, envie comentário para esta postagem.

TABELA TURNO MATUTINO



A tabela acima mostra a relação dos nomes dos componentes de cada grupo da turma do matutino, seguindo dos títulos dos vídeos e artigos. Confiram e caso haja qualquer nova informação, envie comentário para esta postagem.

FILHOS DE POLÍTICOS NAS ESCOLAS PÚBLICAS

No dia 16 de agosto de 2007, o senador Cristovam Buarque apresentou o Projeto de Lei (PL) nº 480 que determina “a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014”. O projeto encontra-se desde o dia 14 deste mês na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, aguardando a designação do relator.
Será que o ensino público iria melhorar?

MOSTRA DE CINEMA INFANTIL

Entre os dias 2 de fevereiro e 2 de abril de 2011 serão realizadas as inscrições de filmes a Mostra Competitiva da 10ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. A Mostra ocorrerá entre os dias 23 de junho a 10 de julho. Serão aceitas produções nacionais de todos os gêneros e formatos, direcionadas ao público infanto-juvenil e inéditas em Santa Catarina.

Os interessados podem acessar a ficha de inscrição no site
www.mostradecinemainfantil.com.br . Além dos curtas que concorrerão, haverá espaço para mostra de outras produções nacionais e internacionais não competitivas.

O evento irá premiar quatro curtas-metragens nas seguintes categorias:
a)   Melhor ficção;
b)   Melhor animação;
c)   Júri popular;
d)   Prêmio especial das crianças.

Haverá dois júris: um formado por adultos (oficial) e outro especial formado por crianças. Além do troféu,  os vencedores recebem um prêmio aquisição da TV Brasil no valor de R$5.000,00.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TERCEIRA AVALIAÇÃO

Alguns artigos foram enviados fora do padrão estabelecido.

Não é para colocar logomarca da universidade e nem cabeçalho. Apenas o título do artigo, seguidos dos nomes dos componentes alinhados à direita da página. (ver recurso do word);

Os artigos que permanecerem desta forma,  não serão considerados. Trata-se de uma formatação acadêmica.

Leiam as normas neste blog.

Vejam:
http://literaturaeeducacao-uneb.blogspot.com/2010/10/exemplo-de-texto-cientifico.html

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PROVA FINAL

DIA: 10 de março de 2011 (três turnos)
HORÁRIO: a ser confirmado
ASSUNTO: todos os tópicos dos seminários, além dos textos discutidos em sala de aula (principalmente - mas não exclusivamente - os dois artigos sobre cinema de Salete e o livro de Maria José Palo)

INFORMES

Começamos a segunda avaliação. Os seminários já estão acontecendo como havíamos combinado. Vale salientar que a presença dos estudantes é obrigatória em todas as avaliações.

Em relação a terceira avaliação, informo que só considerarei os artigos enviados na formatação exigida. Título centralizado e em caixa alta, isto é, todo em letra maiúscula (não vale o seguinte título "análise do filme ou livro "x");  nome dos autores do lado direito da página (em posição vertical, isto é, um embaixo do outro); corpo do texto e referências conforme a ABNT (norma para fazer referência aos livros, artigos, filmes, etc. Se não souber, pesquise).

1. Os nomes são escritos apenas com as iniciais maiúsculas;
2. Espaço 1,5 entrelinhas;
3. Recuo do parágrafo tabulado. Não pular linha para marcar passagem de parágrafo. Basta um recuo;
4. Colocar na nota de rodapé dados identificadores dos membros e da professora/orientadora;
5. Fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12;
6. Citação: se a citação ultrapassar três linhas deverá vir em outro parágrafo, com recuo de 2,5 da margem esquerda e sem aspas, informando ao final do trecho citado o nome do autor, data e página. Ex.: (LAJOLO, 2009, p. 56). Citações com três linhas são escritas no corpo do texto, com as aspas.

Os artigos que forem enviados fora desta formatação não serão considerados.

ATENÇÃO: Enviar a versão final até o dia 20/02 para ltleiro@gmail.com contendo no assunto: versão definitiva do artigo.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Prazo dos artigos

Os artigos (versão final) devem ser enviados até o dia 25 de fevereiro IMPRETERIVELMENTE, já que o calendário da universidade exige que até o dia 03 de março os resultados já sejam divulgados. Os artigos enviados durante os meses de dezembro e janeiro serão apreciados ainda esta semana e devolvidos para possíveis ajustes. Receberei os artigos para orientações até o dia 10 de fevereiro.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

REUNIÃO INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Sábado, dia 05/02, às 9h, na sala dos professores, nos reuniremos para tratar dos subprojetos. Os estudantes do GPCLE (grupo de pesquisa) devem estar presentes. O edital da PPG está prestes a ser publicado e precisamos definir os temas e elaborar os subprojetos.

RETORNO

A partir de amanhã estou retornando das férias.
Neste momento, retomarei as atividades docentes.

VIOLÊNCIA ESCOLAR

Recebi a mensagem abaixo por e-mail sobre o episódio em Minas Gerais de um professor que foi esfaqueado por um aluno, repasso abaixo o texto para reflexão:
Amigos,
Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.
Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.
Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.
Abs.    Igor.

J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
(Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
(Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que.... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.
O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.
No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...
E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”
Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo
legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade; 
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores; Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.
Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=2182&t=Universitario+se+diz+perseguido+e+esfaqueia+professor
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2010/12/07/interna_brasil,226656/professor-morre-ao-ser-esfaqueado-por-aluno-dentro-de-faculdade-em-bh.shtml