sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pensando ainda daqui pra acolá...


A música de Gilberto Gil nos faz pensar, ainda, de uma forma conotativa, metafórica, o que representaria em nossa vida, a nesga, o vão, o lugar confortável e, em contraste, a amplidão, o folgado, a imaginação, a emoção (metáfora para coração).


Este lugar confortável pode nos lançar para os ilimitados passeios da nossa imaginação.

A música emociona, nos toca intimamente, indo na contramão do que a sociedade aponta, isto é, para uma desumanização, uma ausência de sentir, que a arte resgata e devolve ao ser humano em momentos raros como esse.


Precisava acrescentar isso: a arte emociona, nos faz lembrar de nossa humanidade e, portanto, naquilo que nos coloca em uma mesma condição. Daí, talvez, a sua universalidade.

Entre a Sola e o Salto, de Gilberto Gil, nos chama a atenção para um sentir pelo olhar, mas um olhar contemplativo, sem pressa, que possa captar a grandeza, a maravilha, o encantamento presente nas pequenas coisas.


Pensei no gesto da leitura: a nesga seria o próprio espaço limitado da palavra, presa, materializada na celulose ou na tela e a amplidão estaria nas possibilidades várias de significação, de sentidos engendrados pelos diferentes leitores.

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