domingo, 1 de abril de 2012

CURSO DE EXTENSÃO LITERATURA INFANTIL E JUVENIL (PARTE II)

Na sequência, vocês poderão ver as fotos das produções literárias, das autoras e autores e das performances de leitura. Os cursistas neste momento fizeram uso de habilidades distintas: a produção literária, a produção plástica através das técnicas de desenho e colagem e a contação de história. Convido os autores e autoras a postarem (no comentário) o resumo das histórias para os internautas que visitarem esta página, pois não memorizei todas. Fiquem à vontade.





















Até o próximo curso!

CURSO DE EXTENSÃO - LITERATURA INFANTIL (PARTE I)

O Curso de Extensão Literatura Infantil e Juvenil ocorreu em três dias (ou 12 horas). Nele, falamos do contexto de invenção da literatura infantil, responsável por reorganizar o tecido social europeu ao reunir textos impressos (agora considerados literários) de forma pedagógica, com o intuito de instruir e formar os valores de uma nova classe social. Dentro desta reorganização, encontra-se não apenas a infância, mas os pápéis de homens e mulheres na sociedade. 

O romance, gênero eminentemente burguês, também se adaptará à literatura infantil e juvenil, fazendo uso de elementos estruturais do romance e da estrutura narrativa da cultura popular para internalizar na criança os códigos sociais e valores morais burgueses.

Esta forma de organizar uma sociedade ou comunidade não é uma prerrogativa da burguesia, pois qualquer grupo que queira se estruturar fará uso de textos orais e escritos para unir membros de um mesmo grupo a fim de que possam se reconhecer enquanto pertencente a ele e, enfim, conviverem coletivamente em um mesmo espaço mediante regras relativamente estáveis.

Por isso, a literatura infantil também fará parte de um projeto nacional, assim como ocorreu na Europa e no Brasil. Aqui, Lobato foi um dos que se apropriou da cultura popular brasileira e a intertextualizou com as narrativas europeias negociando, por meio dos dois registros, os novos valores para uma sociedade ainda agrário-escravocrata. Se o cenário era o Sítio, um local de procedência agrária, os valores e comportamentos que nas histórias se desenvolvem, fazem parte de um hábito mais urbano, moderno, como queriam alguns intelectuais da época. A Dona Benta lia livros para as crianças e a leitura no suporte livro já é um traço de modernidade.

Em razão disto é que hoje, ao estudarmos literatura infantil, devemos ler os livros lançados nos últimos anos para percebermos quais são as novas direções (se é que são tão novas assim) que as escritoras e escritores estão propondo às crianças.

Outro aspecto importante no curso, foi a discussão sobre as dimensões da literatura infantil: a pedagógica, a estética (literária), a ideológica e a lúdica (bem lembrada por um dos cursistas). Os estudos contemporâneos sinalizam para uma literatura primordial, mais próxima da investida pedagógica; Porém, ao longo dos anos os textos foram sendo produzidos de uma maneira mais artística, não apenas em função das técnicas de ilustração como, sobretudo, do domínio da linguagem literária e de sua importância para a formação do leitor, para o desenvolvimento de sua sensibilidade e para o seu ajuste social. Muitas vezes a dimensão estético-literária associa-se à dimensão lúdica, quando as escritoras, por exemplo, lançam mão dos recursos estilísticos da língua, dando um caráter metalinguístico ao texto.

A dimensão ideológica foi a base do nosso curso, uma vez que discutimos as representações de gênero na literatura infantil. Apesar de ser uma literatura considerada menor, fácil e despretensiosa, a ideologia contida nos livros infantis equiparam-se à literatura feita para adultos. Foi com esse olhar que lemos Pena de Pato e Tico-Tico e Dona Baratinha, de Ana Maria Machado. O primeiro mostra claramente a articulação entre as quatro dimensões apresentadas, na medida em que de forma lúdica, literária, ideológica e pedagógica, a escritora insere aspectos importantes para a criança em fase de alfabetização, ao trabalhar com grupos fonéticos desta fase (sobretudo as bilabiais /p/ e /b/ e as linguodentais /d/ e  /t/), com a polissemia da palavra "pena" (revestimento das aves e sentimento de compaixão) e com a questão de gênero. Já o segundo além destas, acrescenta-se a referência intertextual e a interdiscursividade, conceitos discutidos durante o curso, e que em Dona Baratinha atendem à dimensão ideológica de gênero. O reconto de Ana Maria Machado em nada assemelha-se ao caráter punitivo e pedagógico da narrativa matricial, já que a versão de Machado mostra o casamento como algo secundário para a mulher e a solteirice é vista como uma possibilidade e não um problema para as mulheres.

Na parte prática, os cursistas foram solicitados a produzirem um texto com as quatro dimensões da literatura infantil, com ênfase para a dimensão ideológica de gênero. No início, pareceu uma tarefa difícil, mas que, durante a produção, se transformou em um momento de deleite. Enfim, o lobo foi devorado e o resultado encontra-se logo abaixo:














Marcelo e Jaqueline leram, respectivamente, para nós Dona Baratinha e Pena de Pato e Tico-Tico. Laís, que aparece nesta última foto, foi a monitora do curso.

quinta-feira, 29 de março de 2012

PRAZO ENCERRADO PARA POSTAGEM

Os textos para postagem no blog devem ser publicados até amanhã, 30/03. Dediquei oito aulas  presenciais, além das férias de janeiro e alguns dias de fevereiro que não tivemos aula, para fazer as apreciações necessárias através de e-mail.  Neste momento, cabe apenas a postagem dos textos.

sábado, 24 de março de 2012

PROVA FINAL

A prova final será no dia 03 de abril de 2012, das 13h30 às 5h30, e terá como base os seguintes assuntos:

Conceito de Literatura Infantil (Peter Hunt e Regina Zilberman)
Origens da Literatura (Peter Burke e Regina Zilberman)

sábado, 17 de março de 2012

CHAMADA DE PUBLICAÇÃO - PRODUÇÃO DE AUTORIA FEMININA

Chamada para publicação
Revista Pontos de Interrogação: Revista de Crítica Cultural
Revista do Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural
Vol 2, n° 1, jan./jun. 2012
ISSN: 2237-9681
Endereço eletrônico

A comissão editorial da revista eletrônica Pontos de Interrogação, do Programa de Pós-graduação em Crítica Cultural, do Campus II da UNEB/Alagoinhas-Ba, comunica a todos que está recebendo - até o dia 09 de abril de 2012 – contribuições acadêmicas originais (artigos, resenhas e entrevistas), em português, inglês, francês e espanhol, a serem publicadas no nº. 1 do volume 2, que será colocado em circulação em junho de 2012. O tema A produção de autoria feminina tem por objetivo mapear produções de mulheres, na arena cultural, problematizando os modos de produção destes sujeitos, de circulação de seus produtos, os impasses e dificuldades que enfrentam neste processo, as formas de subalternização de sua escrita, de seus artefatos culturais, bem como as estratégias criadas para visibilização e inserção de suas proposições/intervenções, além de suas perspectivas e sentidos. Com isso, são bem-vindos trabalhos que exponham os deslocamentos destas produções frente a um cânone disseminado (em escolas, universidades, bibliotecas, sistema midiático, sistema de políticas...) a um mercado hegemônico, a uma cultura patriarcal, etnocêntrica, heteronormativa, assim como possibilitem a reflexão sobre outros modos de produção artístico-literária, econômica, subjetiva, científica, cultural.

Prazo para envio: 09 de abril 2012
Endereço eletrônico para envio dos textos: mailto:pontosdeinterrogacao2.1@gmail.comInformações sobre as normas para publicação: Informaçõeshttp://www.poscritica.uneb.br/revistaponti/index.php
Comissão editorial:
Carla Patrícia Bispo de Santana
Cláudia Martins Moreira
Jailma dos Santos Pedreira Moreira
Paulo César Souza GarciA

Mulher e Cordel

Recebi a mensagem abaixo por e-mail e achei muito interessante.
 
Cordelirando: mulher também faz cordel

A coletânea Cordelirando: mulher também faz cordel é composta por nove folhetos da cordelista Salete Maria da Silva, um DVD com dos títulos musicados e um ensaio sobre a literatura de cordel no Brasil. Na história desta literatura no país, a produção feminina é minoria, tornando-se menos conhecida e estudada. Por sua vez, esta coletânea destaca a produção da cordelista Salete Maria e apresenta títulos que versam sobre a vida e ação das mulheres. Além disso, destaca temas como religiosidade popular, sexualidades, violência e atuação política das minorias sub representadas no país. Nesta coletânea, por meio da leitura e da audição, o leitor-ouvinte vai deparar-se com a cultura popular nordestina a partir do contato com uma voz narrativa que propõe discussão de um discurso universalizante sobre temas que abrange o ser humano nos mais diversos contextos. A voz narrativa propõe borrar os discursos históricos e culturais que se institui como hegenômicos para instalar outras alternativas no campo da temática e da estrutura do cordel tradicional. Outra especificidade da coletânea é o encarte: uma bolsinha de tecido decorada com fuxicos e serigrafia que materializa o fazer artesanal que tão bem caracteriza a criatividade nordestina.

O que: Coletânea Cordelirando: mulher também faz cordel

Cordéis: Salete Maria da Silva

Organização: Gal Meirelles

Produção: Gal Meirelles e Saleta Maria da Silva

Assessoria de comunicação: Nerivaldo Góes – (71) 9173-0539

Edição: Vento Leste Gráfica e Editora
Contato: (71) 9966-9097 / (71) 9174-6940
www.cordelirando.blogspot.com

CONCURSO PARA ESCRITORES INICIANTES

Concurso para incentivar produção autoral de estudantes inscreve até dia 2

Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

Estão abertas até o dia 2 de abril as inscrições para o 1° Concurso Literário Nadja Nunes, organizado pelo Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus VI da UNEB, em Caetité, por meio do Grupo de Pesquisa Leitura, Cultura e Formação Docente (GPLEC).
De acordo com Patrícia Pina, coordenadora do certame, a iniciativa tem o objetivo de incentivar a produção literária dos estudantes da UNEB e divulgar as produções “desses iniciantes na carreira autoral”.

Podem participar da disputa discentes de todos os campi da universidade, que atendam aos requisitos especificados no regulamento. Entre as regras do certame estão a obrigatoriedade da redação de textos em língua portuguesa e a necessidade do envio de trabalhos inéditos.
A temática é livre  e os participantes do concurso podem concorrer em duas modalidades: poema e conto ou crônica. As dez melhores produções serão publicadas em um livro com o selo da EdUNEB e os três primeiros vão ganhar ainda um aparelho de som. Além disso, os melhores textos de cada categoria receberão uma placa comemorativa.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do Campus VI. Os candidatos de outros campi deverão solicitar o envio da ficha de inscrição pelo e-mail nupe.uneb6@gmail.com.

Patrícia lembra que o concurso é uma homenagem à diretora da Editora UNEB (EdUNEB), Nadja Nunes, considerada uma referência na defesa da leitura e no empenho pela publicação das produções acadêmicas. “Já estamos


recebendo algumas inscrições, e cremos que a procura será grande”.